quinta-feira, 12 de março de 2015

Piso salarial: prefeitos x professores

Repercutiu na última semana a informação de que apenas 30 prefeituras do Ceará reajustaram os salários dos professores de acordo com o índice do piso nacional do magistério. No Cariri dos 32 municípios, apenas três acompanharam os 13,01% estabelecidos pelo Governo Federal. Crato, Missão Velha, Barbalha e Várzea Alegre, estão em paz com os professores. Os prefeitos argumentam que, mesmo com o aumento abaixo do índice pretendido, os salários dos professores já estão dentro do patamar do piso nacional. Por sua vez, os representantes da categoria falam da necessidade de ganho real. A queda de braço já tem um vencedor, os prefeitos; tanto que, dos 32 municípios do Cariri, apenas Juazeiro do Norte e Barro decretaram greve em protesto a decisão. Ou seja, no restante, tudo vai ficar por isso mesmo!

Casos de resistência no Cariri

Apesar da larga vantagem dos prefeitos frente aos professores, nos municípios de Juazeiro do Norte e Barro a categoria ainda resiste aos reajustes abaixo do piso. Em Juazeiro a greve continua por tempo indeterminado. Já em Barro, na última semana, dia 03, uma reunião entre prefeitura e representantes da categoria, pôs um fim temporário à greve. O prefeito Neneca Tavares, pediu 15 dias para analisar as propostas dos professores que abrangem, ainda, liberação dos pagamentos de anuênio e referencias constantes no Plano de Cargos, Carreira e Salário. Mesmo com a trégua estabelecida, os representantes da categoria avisam: se não houver cumprimento, a paralisação volta a ser o caminho. Na verdade, nesse embate há casos de falta de gestão e outros de má vontade!

Aprece em defesa dos prefeitos

Diante da polêmica do reajuste municipal de acordo com o piso nacional, a Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), acabou saindo em defesa dos gestores. O presidente da entidade, Expedito José do Nascimento, disse que há interesse de todas as prefeituras em pagar o piso estabelecido pelo Governo. Segundo ele, o problema é que a maioria enfrenta problemas financeiros e, por isso, buscam readequar suas folhas de pagamento. O presidente avalia que ao concluírem os estudos de impacto nas suas contas as prefeituras efetuarão o pagamento com data retroativa. A afirmação é mais que animadora, o problema é que os gestores não falam a mesma língua da Aprece. Na verdade, a maioria, sequer, deu uma satisfação aos professores. E isso é mais que descaso, é falta de respeito!

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