quarta-feira, 4 de maio de 2016

Senador tucano apresenta parecer favorável ao impeachment e nega "golpe"

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, emitiu nesta quarta-feira (04), parecer favorável à abertura de processo contra a presidente e o afastamento do cargo. Anastasia leu as 126 páginas do parecer para a Comissão Especial do Impeachment do Senado. A leitura durou cerca de 3 horas.

“O voto é pela admissibilidade da denúncia, com a consequente instauração do processo de impeachment, a abertura de prazo para a denunciada responder à acusação e o início da fase instrutória, em atendimento ao disposto no art. 49 da Lei no 1.079, de 1950,” disse Anastasia.

No parecer, Anastasia responde às alegações da defesa e do governo, de que o processo de impeachment seria um golpe. Em sua visão, essa afirmação é "descabida". "Pelo contrário, o impeachment é justamente um mecanismo constitucional que previne rupturas institucionais", afirma no documento.

“Cabe refutar as insistentes e irresponsáveis alegações, por parte da denunciada, de que este processo de impeachment configuraria um 'golpe'. Nunca se viu golpe com direito a ampla defesa, contraditório, com reuniões às claras, transmitidas ao vivo, com direito à fala por membros de todos os matizes políticos, e com procedimento ditado pela Constituição e pelo STF,” afirmou o relator.

Antes da leitura do relatório, Senadores do governo e da oposição trocaram farpas. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) acusou a oposição de "cinismo" e a reunião da comissão chegou a ser foi suspensa pelo presidente Raimundo Lira (PMDB-PB) por dois minutos. "Os governadores fizeram decretos em todos os Estados do país. Então é muito cinismo isso que os senhores querem fazer aqui", disse Lindbergh.

Lindbergh acusava o tucano Anastasia de não ter imparcialidade por ser do principal partido da oposição e por ter publicado decretos de crédito orçamentários quando era governador de Minas Gerais semelhantes aos utilizados contra Dilma.

(Com informações do site UOL).

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